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Tênis

Bia Haddad inicia temporada de 2023 na Austrália: 'Minha meta é chegar no Top 10'

Melhor brasileira no ranking mundial na história da WTA, tenista busca melhora na próxima temporada

25 nov 2022 - 22h09
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Melhor tenista brasileira na atualidade, Beatriz Haddad Maia esteve em São Paulo nesta sexta-feira para um encontro com jornalistas. Falou da bela temporada, na qual ganhou impressionantes 68 posições do ranking da WTA, fechando o ano na 15ª colocação, e revelou os ousados planos para 2023, quando inicia sua caminhada em Adelaide ou Hobart, ambos na Austrália, buscando vaga no Top 10 mundial.

"Eu sempre encarei a pressão como privilégio. A minha meta é entrar no Top 10, mas antes preciso me consolidar no Top 20?, enfatiza Bia Haddad. "É a primeira vez que faço parte da elite do tênis e vai ser apenas o segundo ano em que estarei disputando os grandes torneios. O importante será seguir trabalhando duro para poder entrar entre as 10 melhores."

Bia vai descansar alguns dias no Brasil, antes de iniciar a pré-temporada com o técnico Rafael Pacciaroni. Na agenda, além dos trabalhos em solo nacional, está programado o embarque para a Austrália já no dia 22 de dezembro. A brasileira será a líder do País na United Cup, competição mista em que o Brasil estreia no dia 29 de dezembro. Na segunda semana de janeiro, Bia disputará o WTA 500 de Adelaide ou o WTA 250 de Hobart, a ser definido posteriormente, antes de disputar seu primeiro Grand Slam de 2023, o Aberto da Austrália.

"De janeiro para cá o meu primeiro objetivo era ficar saudável. Essa sempre foi a grande meta de 2022 e eu consegui terminar o ano bem. De ranking, o objetivo era terminar no Top 50. Eu comecei em 83º e terminei em 15º", festejou, avaliando seu melhor ano da carreira. "Acho que o principal foi a forma como eu fui conduzindo mentalmente para ficar dentro do processo. Não deixei de querer mais. No tênis toda semana é uma semana nova, é muito difícil. Consegui ficar unida com a minha equipe e essa conquista é muito positiva mentalmente."

Foi neste ano que a brasileira conquistou os seus primeiros títulos: os WTA 250 de Nottingham e Birmingham, na grama, e também o WTA 125 de St. Malo. Além disso, Bia Haddad ainda foi vice-campeã do WTA 1000 de Toronto. A campanha a colocou entre as candidatas ao prêmio da WTA de tenista que mais evoluiu na temporada.

"Não me surpreendi em ter entrado no Top 20. É algo que sempre sonhei e acreditei que seria possível, mas não esperava que fosse logo neste ano e do jeito como foi", reconheceu. "O tênis é um esporte em que as coisas mudam muito rápido, tanto no positivo quanto no negativo. Tive muitos motivos para duvidar, é claro. No ano passado eu perdi em primeira rodada de um 25 mil, tive lesões, cirurgias... Então foi algo acima do que eu tinha planejado para 2022 e, por isso, tenho muito orgulho de mim e da minha equipe."

Nas duplas, Bia Haddad também se destacou. Foi finalista do Aberto da Austrália e do WTA 1000 de Guadalajara, além de erguer o troféu no WTA 500 de Sidney, do WTA 250 de Nottingham e do WTA 125 de Paris. Ele se garantiu para o WTA Finals como uma das oito melhores duplas da temporada, feito inédito para o tênis feminino brasileiro.

"Duplas, para mim, é sempre algo que gostei de jogar. Me ajuda muito em simples. Muitos dos meus resultados em simples aconteceram depois de eu conseguir resultados nas duplas", revelou. "Na grama, por exemplo, me ajudou demais. Vai fazer parte do meu calendário de 2022 com certeza, mas não vai ser 100% e nem minha prioridade, assim como foi esse ano. No ano que vem vou jogar com a Shuai Zhang. Ela tem um foco muito parecido com o meu para simples também."

Luisa Stefani na final

Luisa Stefani não para de brilhar em seu retorno ao tênis após grave lesão no joelho direito. Nesta sexta-feira, ela e a também brasileira Ingrid Martins não tomaram conhecimento da dupla formada pela venezuelana Andrea Gamiz e a holandesa Eva Vedder, cabeças de chave 3, ganhando de maneira arrasadora, por 6/1 e 6/2, para avançarem à decisão do WTA 125 de Montevidéu.

Em três meses de circuito após se recuperar do rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho direito - lesão ocasionada no US Open de 2021 -, a medalhista de bronze em Tóquio chega à terceira final de duplas, todas com parceiras distintas, na qual defenderá os 100% de aproveitamento.

Estadão
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