Pirelli mira renovação, mas Bridgestone entra na briga dos pneus na F1 para 2025

Processo licitatório da FIA foi aberto no último dia 20 e a fabricante vencedora terá que fornecer pneus para a F1, F2 e F3 de 2025 a 2027. Pirelli e Bridgestone mostraram interesse em concorrer, segundo revista alemã

A FIA abriu, no último dia 20, o processo de licitação de fornecimento de pneus para Fórmula 1, Fórmula 2 e Fórmula 3 no triênio 2025-2027. A italiana Pirelli, parceria oficial do Mundial desde 2011, já demonstrou interesse em estender o vínculo, mas ganhou uma concorrente: a Bridgestone. A informação veio da revista alemã Auto Motor und Sport.

De acordo com o veículo de comunicação, a Bridgestone deve se manifestar oficialmente nos próximos meses. A intenção de se candidatar está vinculada ao crescimento da F1, especialmente com a série ‘Drive To Survive‘, da Netflix. O mercado do automobilismo voltou a ser atrativo para a fabricante japonesa, que vê a sua história de permanência na categoria, incluindo o período entre 1997 e 2010, como um trunfo para conseguir vencer o processo licitatório.

Porém, a Pirelli, que tem contrato com F1 até 2024, possui algumas vantagens, segundo a revista alemã. Entre elas, está o bom relacionamento com a categoria – principalmente no período em que Bernie Ecclestone era o CEO -, mesmo com divergências em alguns pedidos e requisitos propostos. Além disso, a fabricante italiana já estaria pensando em pneu adaptado para o carro de 2026, quando entrará em vigor um novo regulamento específico para motores – algo que a Bridgestone ainda não tem projetado.

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Atualmente, a Pirelli é a fornecedora de pneus da Fórmula 1 e já tem trabalhado em um novo composto para 2026, quando haverá mudanças no regulamento (Foto: William West / AFP)

“Investimos muito dinheiro e recursos na Fórmula 1. Estamos felizes por estar na Fórmula 1. A categoria está em firme e em evidência. Gostaríamos de torná-la ainda melhor com a FIA, a Fórmula 1 e os pilotos”, disse Mario Isola, diretor de automobilismo da Pirelli, em coletiva de imprensa no GP da Austrália neste fim de semana. Ele confirmou que a fabricante tem o interesse de continuar fornecendo os pneus, ainda que uma proposta oficial não tenha sido feita.

Os interessados têm até meados de maio para apresentar as suas candidaturas, que serão analisadas pela FIA até o fim de junho. Caso mais de uma empresa se candidate a fornecer os compostos, o órgão regulador ficará responsável por fazer uma análise técnica e estrutural para definir quem poderá participar do processo licitatório e quem cumpre todas as especificidades da F1, F2 e F3.

A partir daí, a F1 e o grupo Liberty Media entrarão em negociação com as fabricantes interessadas. A melhor proposta ganha a licitação, dá garantias de que pode fornecer os pneus e assina o contrato com categoria. A decisão da vencedora deve sair em agosto deste ano, durante as férias de equipes e pilotos.

Desde 2007, a Fórmula 1 trabalha com apenas uma fabricante de pneus. Entre 2001 e 2006, a Bridgestone dividiu o posto de fornecedora com a Michelin. A empresa francesa ficou marcada pela polêmica do GP dos Estados Unidos de 2005, quando a borracha não aguentou a pressão da curva 13 e estourou, causando dois acidentes nos treinos livres. Os carros que tinham parceria com a Michelin boicotaram o evento, o que resultou em uma corrida de apenas 6 carros de pneus Bridgestone, vencida por Michael Schumacher, da Ferrari.

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