Verstappen até encontra competição, mas lidera TL3 do GP da Austrália. Pérez sofre

Por mais que a Red Bull não tenha conseguido abrir vantagem de maneira retumbante quanto em outros treinos na temporada 2023, Max Verstappen ainda liderou o terceiro e último treino livre do GP da Austrália, na tarde de sábado (1) em Melbourne — ainda noite de sexta-feira no Brasil. O líder do campeonato mundial fez o suficiente para colocar 0s1 de frente para Fernando Alonso, que ficou logo atrás.

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Verstappen só colocou pneus macios na marca de 20 minutos para o fim da atividade e, quase que imediatamente, deixou o tempo de 1min17s565 em ritmo de classificação para garantir o melhor tempo do dia e chegar à definição do grid de largada de logo mais com o favoritismo habitual.

Se Alonso ficou numa já habitual posição de ser quem mais se aproxima da Red Bull, o terceiro colocado foi mais incomum: Esteban Ocon, numa Alpine que também parece forte em Melbourne. O francês ficou a 0s373 de Verstappen e teve a companhia de Pierre Gasly, em quinto. Entre os dois, George Russell. Sergio Pérez, Carlos Sainz, Lewis Hamilton, Lance Stroll e Guanyu Zhou fecharam o top-10.

Destaque para Pérez, que demorou cerca de 20 minutos para sair à pista por conta de um problema no sidepod traseiro da Red Bull, que soltava do carro. Mesmo quando foi resolvido, a vida do mexicano foi difícil: muitas saídas da pista, reclamações sobre a inconstância do bólido nas curvas e sofrimento geral. O fato de mesmo assim terminar em sexto mostra a força dos taurinos.

O TL3 teve ainda uma interrupção por bandeira vermelha: fruto de um pedaço de carroceria que soltou da AlphaTauri de Nyck de Vries e ficou no meio do traçado. Quem quase causou outra foi Guanyu Zhou, que mediu errado a entrada da curva dois, rodou e foi parar no muro. Por sorte, tocou de leve e conseguiu sair.

O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do GP da Austrália de Fórmula 1 AO VIVO e EM TEMPO REAL. O fim de semana continua com a classificação, marcada para as 2h00 [de Brasília, GMT-3], do sábado: o GP acompanha com SEGUNDA TELA, em parceria com a VOZ DO ESPORTE.

Confira como foi o TL3:

Como todo mundo esperava, o terceiro e último treino livre do fim de semana chegou com temperatura baixa: 15°C no ambiente e asfalto em 24°C. Se a chuva era possibilidade real para o longo da hora, no momento em que a atividade estava marcada para começar, nada. Pista seca e luzes verdes pintavam com normalidade no fim do pit-lane.

Sem grandes filas para sair à pista com a permissão dada pelos comissários, Lance Stroll foi o primeiro a acelerar. Junto dele, o companheiro Fernando Alonso. A Ferrari também mandava seus pilotos para voltas de instalação, bem como o líder Max Verstappen. A dupla da Haas também saiu.

A primeira volta rápida com cara de liderança veio da Ferrari, com Carlos Sainz, que estava de pneus macios e anotou 1min19s061. Diferente dos dois treinos da sexta-feira, quando a atividade na pista ferveu logo nos primeiros cinco minutos, a situação era outra agora. Sem tanto medo assim de qualquer possível chuva, apenas nove pilotos tinha volta registrada nos primeiros dez minutos e um bom número ainda não havia aparecido.

De pneus médios, Max Verstappen assumiu a liderança, mas a Red Bull se via às voltas com um problema: o carro de Sergio Pérez seguia nos boxes, com o piloto sem nem vestir o capacete e vários mecânicos ao redor do bólido. O motivo foi um dano num dos sidepods, averiguado pelo time antes do treino.

Apesar de Verstappen passar pela liderança rapidamente, a Ferrari recuperava o posto, uma vez que andava de pneus macios. Charles Leclerc foi o próximo a colocar volta na frente, com 1min18s371, mas era a única entre as primeiras colocadas a andar com as borrachas mais abrasivas. Em seguida, melhorou novamente o tempo, mas o reinado durou pouco.

Quando o TL2 chegou a 20 minutos de duração, Sainz novamente ocupava a dianteira após breve entrada de Alonso, agora também de macios. Carlos tinha 1min18s127 e 0s2 de vantagem para Fernando. Pierre Gasly logo aparecia em terceiro.

Pérez finalmente conseguiu aparecer na pista após 25 minutos, mas saiu nas costas da Haas de Nico Hülkenberg e, em velocidade no meio do tráfego, teve de desviar do carro do alemão no trecho após a curva dez e colocar duas rodas na grama. Não gostou muito. “Por que me colocaram nesse espaço?”, questionou ao engenheiro pessoal Hugh Bird, que se desculpou.

O próximo a cravar duas rodas na grama foi Kevin Magnussen, que já teve a cota dele de viagens fora da pista nestes três treinos livres. Foi na curva 13, após um travadão, mas conseguiu voltar na frente de Alexander Albon. Apenas bandeira amarela, mas problema maior viria em seguida.

Assim que passou pela marca de metade do treino, a bandeira vermelha surgiu e interrompeu a atividade. O motivo era um pedaço de carroceria, que se soltou a ficou no meio da pista. Não ficou claro, num primeiro momento, de quem era o pedaço de carro, mas depois foi mostrado ser da AlphaTauri de Nyck de Vries. E deixou um buracão na lateral direita do AT04.

Enquanto isso, na garagem, Pérez voltava a ter problema com o sidepod traseiro. Enquanto isso, a tabela de tempos assinalava Sainz, Alonso, Gasly, Leclerc, Esteban Ocon, Verstappen, Albon, Stroll, Lewis Hamilton e Logan Sargeant. Só Verstappen, entre estes, numa volta registrada de pneus médios. À essa altura, na realidade, só o holandês, Lando Norris, Magnussen, Hülkenberg e Guanyu Zhou tinham registrado a melhor volta de médios.

Após somente 3min, treino retomado. Assim que saiu, Pérez travou errado e foi desfilar na brita da terceira curva do traçado. Não bateu, mas serviu para estragar o jogo de pneus macios que tinha colocado para uma simulação de classificação. “Não sinto o carro. Está tudo bem? Não consigo frear na curva um, a traseira está muito solta, depois a frente travou inteira na curva três. Está muito inconstante nas curvas”, relatou.

Na Mercedes, enquanto Hamilton anotava o segundo tempo, George Russell reclamava da dificuldade de esquentar os pneus. Mesmo com os problemas, passou em seguida para cravar o terceiro tempo.

Um novo problema logo depois: Zhou, que acabara de fazer o quinto tempo com pneus macios para a Alfa Romeo, rodou sozinho após entrar errado na curva e tocou o muro. Por sorte dele, nada mais grave.

Para os últimos dez minutos, mais gente apareceu em ritmo de classificação com pneus macios. Alonso fez o melhor tempo, mas durou cerca de dez segundos: Verstappen passou com 1min17s565 e superou o veterano por 0s162. O que deu para acontecer depois disso foi Sainz ir parar na brita tentando voltar ao pit-lane, porque começou a chover nos cinco minutos derradeiros.

F1 2023, GP da Austrália, Melbourne, TL3:

1	M VERSTAPPEN	Red Bull Honda	1:17.565		24
2	F ALONSO	Aston Martin Mercedes	1:17.727	+0.162	26
3	E OCON	Alpine	1:17.938	+0.373	23
4	G RUSSELL	Mercedes	1:17.955	+0.390	23
5	P GASLY	Alpine	1:18.094	+0.529	23
6	S PÉREZ	Red Bull Honda	1:18.123	+0.558	18
7	C SAINZ	Ferrari	1:18.127	+0.562	29
8	L HAMILTON	Mercedes	1:18.138	+0.573	25
9	L STROLL	Aston Martin Mercedes	1:18.198	+0.633	22
10	G ZHOU	Alfa Romeo Ferrari	1:18.330	+0.765	20
11	N HÜLKENBERG	Haas Ferrari	1:18.410	+0.845	24
12	A ALBON	Williams Mercedes	1:18.553	+0.988	21
13	C LECLERC	Ferrari	1:18.691	+1.126	28
14	O PIASTRI	McLaren Mercedes	1:18.713	+1.148	21
15	V BOTTAS	Alfa Romeo Ferrari	1:18.809	+1.244	24
16	Y TSUNODA	AlphaTauri Honda	1:18.901	+1.336	22
17	L SARGEANT	Williams Mercedes	1:18.947	+1.382	20
18	K MAGNUSSEN	Haas Ferrari	1:19.056	+1.491	26
19	N DE VRIES	AlphaTauri Honda	1:19.092	+1.527	23
20	L NORRIS	McLaren Mercedes	1:19.146	+1.581	12

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