Dorival Junior mostrou incômodo com a derrota do São Paulo, de virada, por 2 a 1, neste domingo, na Arena do Grêmio, pela nona rodada do Brasileirão. O treinador sentiu um descontrole da equipe durante a partida. Apesar disso, minimizou o tropeço e disse que a decisão para a equipe é na quarta-feira, pela Copa sul-americana.

“Houve um descontrole em 15, talvez 20 minutos no primeiro tempo e pagamos um preço muito alto. Foi bem quando tomamos a virada. O time sentiu, é natural. Espelhamos a marcação, e o Grêmio se sentia muito confortável aqui dentro. Na maioria das vezes com equipe com duas linhas de quatro, o Grêmio saiu com vitórias, então tentamos criar uma situação espelhando a marcação e o posicionamento”, disse Dorival.

Dorival ainda citou a falta de entrosamento da equipe, que passou a jogar com três defensores recentemente. Arboleda, Lucas Beraldo e Alan Franco formaram o setor defensivo.

“Não foi ruim. É natural que nós sempre teremos coisas para melhorar, períodos de treinamentos são mínimos, e independentemente disso houve uma pequena alteração no posicionamento de um ou outro jogador. Não vi problema. Tivemos um segundo tempo bom, com os mesmos três zagueiros. Aquele desequilíbrio de 15 ou 20 minutos talvez tenha nos custado o resultado”, afirmou.

Dorival demonstrou preocupação com o jogo diante do Tolima na próxima quinta-feira pela Copa Sul-Americana, em jogo que pode confirmar a classificação das equipe para as oitavas de final.

“Decisão é no meio de semana, importância fundamental para a nossa sequência. Eu resguardei um ou outro jogador que tinham cartões. Temos que ter uma equipe forte no fim de semana, mas temos que ter uma equipe forte no meio de semana em uma partida que pode nos dar a classificação e será um jogo decisivo e a possibilidade de uma ida às fases mais importantes da Sul-Americana”, disse.

Por fim, o treinador falou sobre a possível desvalorização dos técnicos brasileiros, assunto questionado por Renato Gaúcho pela demora da CBF em definir o novo treinador da seleção, dando prioridade para os estrangeiros.

“Não vou levantar hipóteses, mas no Brasil é assim em qualquer área de atuação. (O escritor) Paulo Coelho é outro exemplo claro, é entendido de outra maneira no nosso País. De fora tem valor impressionante, o nativo muitas vezes não. Todos os estrangeiros que vieram estão sendo bem recebidos, mas infelizmente nosso histórico traz N situações”, afirmou.