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Leila Pereira cobra WTorre por dívida milionária e dá recado aos torcedores: 'O Palmeiras não recebe absolutamente nada'

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, voltou a falar sobre a briga com a Real Arenas, empresa da WTorre que cuida da administração do Allianz Parque, e alertou ao torcedor que o clube continua sem receber as receitas que não são repassadas desde 2015.

Na última semana, a polícia atendeu a um pedido do Alviverde e abriu um inquérito criminal para investigar uma dívida de quase R$ 128 milhões.

''A minha gestão é muito transparente, e o torcedor precisa saber o que ocorre. O Palmeiras não me pertence, pertence aos milhões de torcedores. As pessoas acham que o Palmeiras ganha milhões com essa parceria. E não ganha. Deveria ganhar um percentual das receitas da Real Arenas e desde 2015 eles pagaram apenas sete meses. O Palmeiras tem uma execução de quase R$ 130 milhões. Não é que o Palmeiras está em litígio com a WTorre, de jeito nenhum, ele só quer receber o que é devido'', afirmou a mandatária em entrevista ao programa CNN Esportes S/A deste domingo (4).

''As pessoas que não querem pagar se aproveitam desse morosidade da Justiça e não querem pagar. Eu vou fazer o melhor para o Palmeiras. Essa dívida vai estar sendo cobrada. A Areal Arenas precisa acertar esse valor. O torcedor precisa saber que o Palmeiras não recebe absolutamente nada. Vocês sabem que manter um clube de futebol é extremamente caro. Então com a nossa casa nós não recebemos absolutamente nada. Temos que ficar cobrando judicialmente'', completou a presidente.

No inquérito aberto, o Palmeiras pede apuração dos possíveis crimes de apropriação indébita e associação criminosa, além do bloqueio de bens, valores e contas bancárias da Real Arenas e de seus atuais administradores. Outra exigência do clube é a quebra do sigilo bancário da Real Arenas a partir de novembro de 2014, quando começou a parceria.

De acordo com o Verdão, desde que o Allianz Parque foi inaugurado, a administradora repassou os pagamentos somente de novembro e dezembro de 2014 e de janeiro a junho de 2015 (exceto maio). Assim, deixou de pagar o valor total de R$ 127.972.784,97.

Na avaliação apresentada no inquérito, o montante é considerado incontroverso e assumido pela construtora, já que a mesma apresenta ao Alviverde relatórios mensais.

No contrato firmado entre o Palmeiras e a construtora, o clube tem direito a receber percentuais referentes à locação de camarotes e cadeiras, ao aluguel do estádio para show, exploração de setores, além de naming rights.

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