Marc Marquez deixará a Honda no final de 2023

quarta-feira, 4 de outubro de 2023 às 16:10

Marc Marquez – Motegi 2019

Aconteceu o que todos esperavam e Márquez e Honda vão se separar no final desta temporada de 2023 rompendo uma das parcerias mais bem-sucedidas história do MotoGP, que rendeu um total de seis títulos mundiais em onze temporadas entre 2013 e 2023.

O espanhol fez sua estreia na Honda em 2013 e venceu o campeonato naquele ano e em 2014. O espanhol então dominou de 2016 a 2019, vencendo o campeonato por quatro anos consecutivos – com o último vindo por uma margem impressionante de 151 pontos.

Uma grave lesão no braço no início de 2020 atrapalhou sua carreira, com Márquez precisando de quatro cirurgias em 2020 e 2022, enquanto dois episódios de diplopia (visão dupla) também o forçaram a perder corridas neste período.

Embora tenha conseguido vencer três corridas em 2021, Márquez não sobe ao pódio de um GP desde outubro daquele ano, com a competitividade de sua Honda RC213V piorando nas últimas duas temporadas.

Ducati

Nas últimas semanas, Márquez foi associado a uma mudança para a Gresini para pilotar uma Ducati do ano anterior, com essa especulação apenas se intensificando após uma recepção morna ao protótipo da Honda 2024 que ele testou em Misano em setembro.

Com esta mudança – que ainda não foi anunciada oficialmente pela Gresini – Márquez irá competir na próxima temporada com a equipe de Faenza e terá como vizinho de garagem o seu irmão Alex, que obviamente desempenhou um papel decisivo em sua decisão.

Alex Márquez, que fez parceria com Marc brevemente na equipe de fábrica da Honda em 2020, trocou a LCR pela Gresini em 2023 e conquistou um pódio no GP da Argentina e uma vitória na corrida curta de Silverstone.

Embora a equipe italiana tivesse preferido fechar um acordo que fosse além de 2024, a parceria terá uma validade inicial de apenas um ano, uma vez que o piloto quer ter liberdade absoluta para considerar o seu futuro em 2025, quando a maior parte dos contratos expirar.

Em princípio, à estrutura de Nadia Padovani, viúva de Fausto Gresini, foram atribuídas duas Ducati Desmosedici GP23 com vista a 2024.

Porém, ninguém ficaria surpreso se a Ducati fizesse um movimento nessa direção para que um piloto do calibre de Márquez pudesse ter a versão mais recente do protótipo – o mesmo com o qual a dupla de fábrica Francesco Bagnaia e Enea Bastianini e Jorge Martin e Franco Morbidelli da Pramac correrão.

O Autosport disse que Márquez, aos 31 anos, enfrentará esta nova etapa da sua carreira sem a cumplicidade do grupo humano que o acompanha desde os seus tempos na Moto2.

Apesar das tentativas de levar consigo os seus técnicos, Márquez vai aterrisar sozinho na Gresini, depois da Ducati ter mostrado a sua relutância em mostrar as entranhas da moto mais dominante do momento aos engenheiros que em 2025 poderiam assinar com qualquer empresa concorrente.

Apesar dos vários relatos que surgiram nas últimas semanas, alguns deles indicando que a intenção de Márquez era permanecer na Honda, e outros afirmando que já tinha fechado a sua transferência para a Gresini, ele hesitou sobre o fato de qual macacão usaria na próxima temporada até poucos dias atrás.

Na equipe HRC, casa de Marquez nos últimos 10 anos, ele conquistou 59 vitórias, 101 pódios e 64 poles

AS - www.autoracing.com.br

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