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Carlo Ancelotti será o quarto estrangeiro a dirigir a seleção brasileira

Equipe nacional já esteve sob comando de um uruguaio, de um português e de um argentino, sempre brevemente

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São Paulo

Anunciado na manhã de segunda-feira (12) como novo treinador da seleção brasileira, Carlo Ancelotti não será o primeiro estrangeiro a comandá-la. O italiano de 65 anos passará a fazer parte de uma lista que por enquanto tem um uruguaio, um português e um italiano.

Todos eles tiveram passagens bem breves pelo time nacional. Aquele que passou mais tempo à frente da equipe foi o uruguaio Ramón Platero, comandante do histórico Vasco da Gama de 1923, campeão carioca com camisas negras.

O desempenho no Rio de Janeiro levou Platero à seleção no Sul-Americano de 1925, com quatro partidas disputadas na Argentina. Foram dois jogos contra o Paraguai (vitórias por 5 a 2 e 3 a 1) e dois contra a Argentina (derrota por 4 a 1 e empate por 2 a 2). O Brasil foi vice-campeão.

A imagem mostra um jogador de futebol em preto e branco, vestindo um uniforme escuro com um emblema circular no peito que contém as letras 'P' e 'B'. Ele parece estar saindo de campo, com uma expressão séria. O fundo é desfocado, sugerindo um ambiente de jogo. A imagem apresenta marcas de desgaste e arranhões.
O argentino Filpo Núñez, em fotografia de 1965 - Acervo UH - 1965/Folhapress

Vinte anos mais tarde, foi a vez de um português ficar à beira do campo, em parceria com o brasileiro Flávio Costa. Jorge Gomes de Lima, o Joreca, era o técnico do São Paulo e foi o representante do estado paulista. Costa representava o Rio de Janeiro.

Eles dividiram a direção técnica do time em dois amistosos realizados contra o Uruguai, no Rio e em São Paulo, em maio de 1944. No estádio de São Januário, o Brasil goleou por 6 a 1. No Pacaembu, fez 4 a 0, com três gols de Jair da Rosa Pinto.

O adversário também era o Uruguai em 1965, quando o Palmeiras foi chamado a representar a seleção brasileira na inauguração do Mineirão, em Belo Horizonte. O argentino Filpo Núñez era o treinador da formação alviverde, que venceu por 3 a 0.

Agora, Carlo Ancelotti chega para exercer um trabalho mais duradouro. Seu contrato com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) vai até a Copa do Mundo de 2026, com possibilidade de renovação para o ciclo do Mundial de 2030.

Ao fim da última edição da Copa, em dezembro de 2022, pesquisa Datafolha mostrou que 41% dos brasileiros era a favor da contratação de um técnico estrangeiro. O número ainda era inferior aos 48% que se mostravam contrários, porém o levantamento apontava uma queda na rejeição.

Antes do Mundial no Qatar, havia 30% a favor e 54% contra. O fracasso da seleção sob comando do gaúcho Tite, com derrota para a Croácia nas quartas de final, mudou o humor e abriu um pouco mais a porta para, após longa negociação, chegar um italiano.

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Comentários

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MARIO LUCIO CAMARGOS

12.mai.2025 às 19h13

Que baita nêmesis seria ver o Brasil não se classificar para a copa do mundo. Um país que não está nem aí para a mortandade de dezenas de milhares de adolescentes e de adultos jovens (para a destruição do berçário da maioria de seus craques) merece perder de balaiada na repescagem. Mas, em se classificando, tomar outro lindo sete a um da Alemanha já não seria pouca justiça divina.