Descrição de chapéu racismo Futebol

Paraguaio que comparou brasileiros a 'Chita' é reeleito presidente da Conmebol

Alejandro Domínguez afirmou em março que a Libertadores sem times brasileiros seria como 'Tarzan sem Chita'; cartola se desculpou

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

  • 1
Assunção | AFP

Alejandro Domínguez foi reeleito presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) nesta quinta-feira (12), depois do 81º Congresso Ordinário da entidade, na cidade de Luque, nos arredores de Assunção.

"Com muita paixão, renovo o meu compromisso. Estou animado para seguir adiante com o trabalho que começamos", expressou Domínguez. Em março, o cartola se envolveu em uma polêmica ao dizer que a Libertadores sem times brasileiros seria como "Tarzan sem Chita". Ele se retratou depois.

Na eleição, o presidente da CBF, Samir Xaud, votou no paraguaio. Procurada pela reportagem, a CBF não comentou sobre a polêmica. "A CBF manifestou seu apoio à reeleição de Domínguez, reconhecendo os avanços conquistados pela Conmebol sob sua gestão. Entre as pautas de alinhamento entre a CBF e a Conmebol está a implantação de mecanismos de 'fair play' financeiro nos mercados brasileiro e sul-americano."

O dirigente paraguaio é presidente da confederação desde 2016 e, com sua reeleição, continuará no cargo até 2029.

Um homem em um terno escuro está falando em um púlpito com a palavra 'FIFA' em destaque. Ele gesticula com a mão esquerda enquanto se dirige a uma audiência. Ao fundo, há bandeiras de um país e um fundo azul. O homem parece estar envolvido em uma apresentação ou discurso importante.
O paraguaio Alejandro Dominguez, presidente reeleito da Conmebol, fala durante congresso da Fifa - Daniel Duarte - 15.mai.25/AFP

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse em mensagem que Domínguez "fez um excelente trabalho à frente da Conmebol nos últimos anos e sua reeleição é merecida"

"O futebol unirá o mundo", enfatizou Infantino.

Alejandro Domínguez assumiu a presidência da Conmebol após o caso "Fifagate", o maior escândalo de corrupção no futebol, que levou à prisão de vários dirigentes de todo o mundo em 2015.

Desde então, entidade recuperou mais de US$ 130 milhões (cerca de R$ 720 milhões na cotação atual) desviados.

Polêmica sobre racismo

O paraguaio Alejandro Domínguez foi acusado de racismo ao dizer, em março deste ano, que a Libertadores sem o Brasil seria como "Tarzan sem Chita".

A declaração foi dada em entrevista a jornalistas após o sorteio da fase de grupos da Libertadores.

Domínguez pediu desculpas pelas declarações em nota nas redes sociais.

"A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém", escreveu no X, antigo Twitter.

"Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a Conmebol", acrescentou.

O questionamento sobre eventual ausência das equipes brasileiras na competição veio após a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, sugerir que os clubes do país trocassem a Conmebol pela Concacaf (Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e Caribe).

Domínguez é filho de um dos principais nomes da liderança do futebol no Paraguai, Osvaldo Domínguez Dibb (ou "ODD", como era conhecido), morto no ano passado aos 83 anos após uma carreira de décadas à frente do Olimpia, quando fez o clube se tornar internacionalmente conhecido. A família tem origem síria.

Na esteira do pai, os primeiros cargos que ocupou foram no Olimpia, onde foi membro da direção, presidente interino e vice. Por sete anos, Domínguez também foi vice-presidente da Associação Paraguaia do Futebol, da qual anos depois, de 2014 a 2016, foi presidente. Ele chegou à chefia da Conmebol em 2016 e ocupa o cargo há nove anos.

(Com reportagem local)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

  • 1

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.