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Técnico do Palmeiras, Abel Ferreira é citado em processo de R$ 3,8 milhões por antiga sociedade no Nordeste

Abel Ferreira lamenta eliminação do Palmeiras para o Athletico-PR Pedro Vilela/Getty Images

O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, teve seu nome citado em um processo judicial que corre na 1ª Vara Cível de Natal, capital do Rio Grande do Norte.

A notícia foi publicada primeiramente pelo jornal A Bola e confirmada pela ESPN, que teve acesso à ação.

O processo foi movido pelo engenheiro português Pedro Gabriel Brandão Barros de Sousa, que pede dissolução parcial de sociedade da empresa Edibrasil Construções Ltda., fundada em 2012 e que possui empreendimentos na capital potiguar.

Abel Ferreira é citado na ação por aparecer no quadro de sócios da companhia, ao lado de outras seis pessoas. A informação foi dada à ESPN por Sinval Salomão, advogado que representa Pedro Barros de Sousa.

Em nota oficial, Abel Ferreira negou que tenha sido acusado ou vá ser julgado.

"É completamente falso que eu tenha sido acusado ou vá ser julgado em qualquer processo crime. Deste modo, qualquer notícia em que seja dito o contrário é completamente falsa e ofensiva da minha imagem e bom nome enquanto pessoa, responsabilizando todos aqueles que a criaram ou a divulgaram", disse o comandante palestrino.

De acordo com fontes ouvidas pela ESPN, o comandante do Palmeiras já não faz mais parte da sociedade em questão.

O Palmeiras se manifestou nas redes sociais na noite desta sexta-feira (24): "A Sociedade Esportiva Palmeiras vem a público demonstrar apoio ao técnico Abel Ferreira, profissional e ser humano de insuspeitos caráter e reputação. O clube manifesta a sua convicção de que a verdade prevalecerá sobre as mentiras veiculadas nesta sexta-feira (24)".

Entenda o processo judicial

No processo, Barros de Sousa afirma que era dono de 16,25% das ações da Edibrasil e que, em 24 de outubro de 2021, sem seu conhecimento, os outros sócios realizaram uma assembleia. Na ocasião, foi confeccionado e assinado um aditivo contratual que alterou o contrato social e a administração da sociedade, que passou a ser exercida por Benjamim Jorge Ferreira Campos - um dos réus do processo.

À Justiça, Pedro Gabriel pede sua retirada do quadro de sócios da empresa e faz diversas exigências, como pagamentos atrasados de pró-labore, o pagamento de três mútuos no valor de R$ 590 mil (corrigidos com juros) e uma indenização de R$ 500 mil por danos morais. Ele ainda pede que os réus arquem com os honorários advocatícios e outras despesas.

No total, o valor da causa é de R$ 3.845.057,50.

No processo, os advogados de Barros de Souza ainda afirmam que tentaram intimar Abel Ferreira em um número de celular e em um e-mail cadastrados na base de dados da Edibrasil. No entanto, o técnico não teria respondido nenhuma das tentativas de contato.

Na sequência, eles pediram que Abel fosse citado no CT do Palmeiras e em sua residência por meio de carta registrada. Todavia, o endereço do centro de treinamento foi fornecido de forma errada (foi dado o CT de Guarulhos, onde treina a base alviverde). Já na tentativa de enviar o documento à casa do treinador, os Correios informaram que a correspondência foi devolvida com a indicação de "mudou-se".

*Colaborou Daniel Bocatto